O que é Cannabis Medicinal: uma exploração profunda para médicos, dentistas e profissionais de saúde
A Cannabis, uma planta que por muito tempo permaneceu no centro de debates, em alguns casos científicos e médicos e outros nem tanto, ressurgiu como um agente terapêutico notável, muitas vezes referido como Cannabis Medicinal, para identificar o uso da Cannabis para fins médicos.
Portanto, este artigo proporciona uma exploração abrangente sobre o que é a Cannabis medicinal, destacando sua botânica, história, descobertas médicas, benefícios terapêuticos, uso no tratamento de diversas condições clínicas, o sistema endocanabinoide e a situação atual de sua regulamentação no Brasil, com foco na RDC 660 e RDC 327 da Anvisa, além do acesso ao tratamento através do SUS.
Descrição da Planta e Origem
A Cannabis sativa L, uma planta da família Cannabaceae, é frequentemente encontrada em regiões equatoriais, mas é cultivada em várias partes do mundo. A planta é caracterizada por suas folhas palmadas com bordas serrilhadas, enquanto suas flores são pequenas e agrupadas. Cada parte da planta (sementes, folhas, caules) é utilizada para diversos fins, incluindo médicos, industriais e nutricionais.
Historicamente, a Cannabis tem sido usada por várias culturas e civilizações, sendo empregada desde a fabricação de cordas e tecidos até o uso em rituais religiosos e cuidados médicos. A planta contém um conjunto de compostos chamados canabinoides, sendo os mais notáveis o Δ-9-Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD).
O THC é mais conhecido por suas propriedades psicoativas quando consumido em altas quantidades ou em uso adulto, enquanto o CBD é reconhecido por seus benefícios terapêuticos sem causar os efeitos “eufóricos”. Simultaneamente, o THC tem se destacado como canabinoide essencial para uma série de tratamentos.
História da Planta e Principais Descobertas de Uso Medicinal
A história da Cannabis é longa e rica, com suas raízes remontando a milhares de anos. Antigas civilizações utilizavam a Cannabis para uma variedade de aplicações médicas, desde o tratamento de dores e enfermidades até o uso em procedimentos cirúrgicos como um anestésico primitivo.
No contexto moderno, um marco significativo no estudo da Cannabis foi o trabalho do Dr. Raphael Mechoulam, um cientista que isolou pela primeira vez o THC, elucidando a estrutura e a biossíntese dos principais canabinoides.
Mechoulam e sua equipe foram pioneiros na descoberta do sistema endocanabinoide do corpo humano, um complexo sistema de sinalização responsável por regular uma variedade de funções fisiológicas. Essas descobertas abriram o caminho para a compreensão dos efeitos dos canabinoides exógenos, como o THC e o CBD, em seus respectivos receptores.
Destaca-se também o brasileiro Prof. Dr. Elisaldo Carlini (UNIFESP) que em 1981 publicou nos mais renomados periódicos científicos internacionais, um estudo duplo-cego randomizado sobre o efeito benefício do uso do CBD para o controle de crises epiléticas.
Principais Componentes da Cannabis
No entanto, para compreender plenamente o potencial terapêutico da Cannabis medicinal, é essencial conhecer os principais componentes ativos, conhecidos como canabinoides, que conferem à planta suas propriedades medicinais únicas.
A planta da Cannabis é composta por centenas de compostos químicos, que incluem não apenas canabinoides, mas também terpenos, flavonoides e outros que podem contribuir para seus efeitos terapêuticos.
Canabinoides
Os canabinoides são os compostos mais significativos encontrados na Cannabis, responsáveis pelos efeitos medicinais e psicoativos da planta. Aqui estão alguns dos canabinoides mais estudados:
- THC (Δ-9-Tetrahidrocanabinol): Provavelmente o canabinoide mais conhecido, o THC é o composto psicoativo da Cannabis, responsável pela sensação de “euforia”. No entanto, também possui propriedades terapêuticas, incluindo alívio da dor, redução da náusea e estimulação do apetite.
- CBD (Canabidiol): O CBD ganhou destaque devido à sua ampla gama de aplicações terapêuticas e sua ausência de efeitos psicoativos. É utilizado em tratamentos para condições como ansiedade, dor crônica, epilepsia, entre outras.
- CBN (Canabinol): Conhecido por suas propriedades sedativas, o CBN é frequentemente encontrado em quantidades maiores em Cannabis envelhecida. Este canabinoide é particularmente utilizado no tratamento de distúrbios do sono.
- CBG (Canabigerol): Embora presente em quantidades menores, o CBG tem demonstrado potencial no tratamento de várias condições, devido às suas propriedades anti-inflamatórias, anti-fungicida, analgésicas e neuroprotetoras.
- Delta-8-THC (Δ-8-Tetrahidrocanabinol): presente em baixas quantidades na Cannabis, possui efeitos psicoativos mais leves que o Delta-9-THC. É valorizado por suas propriedades antieméticas, ansiolíticas, analgésicas e neuroprotetoras. Este canabinoide oferece alívio sintomático mantendo a clareza mental e mostra promessa em pesquisas antitumorais preliminares.
Terpenos e Outros Componentes
Além dos canabinoides, a Cannabis também contém terpenos, os compostos responsáveis pelo aroma e sabor da planta. Alguns terpenos têm propriedades terapêuticas e podem trabalhar em sinergia com os canabinoides, um fenômeno conhecido como “efeito entourage”.
Entre os terpenos comuns estão o mirceno, limoneno, pineno, entre outros, cada um oferecendo uma variedade de benefícios para a saúde.
Os flavonoides, outro componente da Cannabis, são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Eles também contribuem para as características sensoriais da planta.
Sinergia dos Componentes: O Efeito Entourage
É importante destacar que os componentes da Cannabis não atuam isoladamente. O “efeito entourage” ocorre quando os compostos da Cannabis trabalham juntos, e sua ação combinada pode produzir efeitos superiores aos de qualquer componente individual. Isso sugere que a eficácia terapêutica da Cannabis medicinal pode ser, em parte, atribuída à sinergia entre seus diversos componentes.
Na terapêutica com Cannabis, full spectrum, broad spectrum e isolate referem-se aos tipos de compostos canabinoides presentes em produtos de Cannabis. Cada um tem uma composição diferente e, consequentemente, pode ter efeitos distintos no corpo.
- Full Spectrum (Espectro Completo): contêm todos os compostos naturalmente presentes na planta de Cannabis, incluindo CBD, THC, terpenos, flavonoides, e outros canabinoides. Eles são extraídos sem remover quaisquer constituintes, mantendo a composição completa da planta. Pesquisas sugerem que esses produtos se beneficiam do “efeito entourage”, onde todos os componentes trabalham juntos sinergicamente, potencializando os efeitos terapêuticos uns dos outros. Isso pode tornar o “full spectrum” mais eficaz em proporcionar alívio para certas condições de saúde.
- Broad Spectrum (Espectro Amplo): também contêm vários canabinoides, terpenos e outros compostos, mas passam por um processo adicional para remover o THC. Esses produtos mantêm a maioria dos benefícios do “efeito entourage” sem o risco de efeitos psicoativos, pois o THC é removido. Isso é benéfico para pacientes que necessitem evitar, não possam ou não tolerem bem o THC.
- Isolate (Espectro limitado): refere-se a produtos que contêm apenas um canabinoide isolado, geralmente o CBD. Durante a extração, todos os outros compostos são completamente removidos. Isentos de THC e outros canabinoides, os isolados são ideais para aqueles que necessitam de dosagens precisas de CBD ou que querem evitar completamente outros canabinoides por razões de sensibilidade, regulamentação, indicação terapêutica ou preferência pessoal.
Benefícios Medicinais da Cannabis
A pesquisa sobre a Cannabis medicinal é um dos campos que mais cresce no PUBMED e tem revelado um espectro amplo de potenciais benefícios terapêuticos. Entre eles estão:
- Alívio da dor crônica: Canabinoides têm mostrado eficácia no tratamento da dor crônica, especialmente aquela associada a doenças como fibromialgia, endometriose, e condições que envolvem inflamação neuropática.
- Efeitos antiespasmódicos: Pacientes com condições que provocam espasmos musculares dolorosos, como a Esclerose Múltipla (EM), têm relatado alívio significativo com o uso de Cannabis medicinal.
- Redução da ansiedade e depressão: O CBD, em particular, demonstrou ter efeitos ansiolíticos e antidepressivos em vários estudos, sugerindo um potencial para o tratamento de transtornos de ansiedade e depressão.
- Potencial antitumoral e antiemético: Alguns canabinoides têm demonstrado propriedades que retardam o crescimento tumoral, além de reduzir náuseas e vômitos, especialmente em pacientes submetidos à quimioterapia.
- Tratamento de distúrbios do sono: A Cannabis medicinal tem sido utilizada para tratar insônia e outros distúrbios do sono, com muitos pacientes relatando melhorias na qualidade, sono REM e duração do sono.
Principais Patologias Tratadas com Cannabis
A Cannabis medicinal tem um espectro de uso que abrange várias patologias. As condições que têm respondido positivamente ao tratamento com Cannabis incluem, mas não estão limitadas a:
- Doenças neurológicas: A Cannabis mostrou ser eficaz na redução da frequência e intensidade das convulsões na Epilepsia, incluindo as de difícil trato como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut do mesmo modo para Autismo alguns estudos sugerem que a Cannabis pode ajudar a melhorar aspectos do comportamento e habilidades de comunicação, potencialmente reduzindo comportamentos como agressividade, hiperatividade, irritabilidade e problemas de atenção.
- Doenças neurodegenerativas: Como Alzheimer e Parkinson, onde os canabinoides podem até ajudar a reduzir a progressão da doença e aliviar alguns dos sintomas associados. Ainda a Esclerose Múltipla (EM), a Cannabis medicinal tem sido prescrita para aliviar sintomas como espasticidade muscular, dor e problemas de bexiga.
- Condições inflamatórias crônicas: Como artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal, onde as propriedades anti-inflamatórias dos canabinoides podem reduzir a inflamação e aliviar a dor.
- Transtornos mentais: A Cannabis tem sido explorada no tratamento de transtornos como ansiedade, estresse, esquizofrenia, PTSD (transtorno de estresse pós-traumático) e depressão.
- Câncer: Além de aliviar náuseas e vômitos associados à quimioterapia, há pesquisas em andamento sobre o potencial dos canabinoides em induzir a morte celular em certos tipos de câncer.
Adicionalmente na odontologia os estudos sugerem as principais condições:
- Dor Orofacial: A dor orofacial pode ter diversas origens, como neuralgias, disfunções temporomandibulares, entre outras. O CBD tem propriedades analgésicas que podem ser úteis no manejo dessas condições.
- Pós-operatório de Procedimentos Cirúrgicos: Após extrações dentárias, cirurgias periodontais ou outros procedimentos invasivos, o CBD pode ser considerado para alívio da dor e redução da inflamação.
- Mucosite Oral: Comum em pacientes submetidos à quimioterapia ou radioterapia, a mucosite oral é uma inflamação dolorosa da mucosa bucal. O CBD pode ajudar na redução da inflamação e no alívio da dor.
- Xerostomia (boca seca): Alguns estudos preliminares sugerem que a cannabis pode ajudar na estimulação da produção salivar, beneficiando pacientes com xerostomia.
- Dores Crônicas: Condições como a artrite reumatoide que afeta a articulação temporomandibular (ATM) podem se beneficiar das propriedades analgésicas e anti-inflamatórias do CBD.
- Ansiedade e Estresse Associados a Procedimentos Odontológicos: Pacientes com ansiedade odontológica podem se beneficiar das propriedades ansiolíticas do CBD.
- Feridas ou Úlceras Orais (Aftas ou Estomatites): O CBD possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. Estas propriedades podem ajudar a reduzir a inflamação e a dor associadas a feridas orais. Além disso, o CBD pode promover a cicatrização ao modular a resposta imune e reduzir a inflamação no local da lesão.
O Sistema Endocanabinoide: Uma Peça-Chave na Interpretação dos Efeitos da Cannabis
Uma compreensão integral da Cannabis medicinal não estaria completa sem uma discussão detalhada sobre o sistema endocanabinoide (SEC), um componente crítico da fisiologia humana.
Este sistema complexo desempenha um papel fundamental na manutenção da homeostase, o equilíbrio interno do corpo, regulando uma variedade de funções, incluindo humor, apetite, sono, resposta imunológica e dor.
Estrutura e Função
O SEC é composto por três componentes principais:
- Endocanabinoides: São moléculas similares aos canabinoides encontrados na Cannabis, mas produzidas naturalmente pelo corpo humano. O Anandamida (AEA) e o 2-Araquidonoilglicerol (2-AG) são dois endocanabinoides proeminentes que se ligam aos receptores canabinoides para regular as funções corporais.
- Receptores Canabinoides: Existem dois tipos principais de receptores canabinoides – CB1 e CB2. Os receptores CB1 estão predominantemente presentes no sistema nervoso central, enquanto os receptores CB2 são encontrados principalmente nas células do sistema imunológico. Os canabinoides e endocanabinoides exercem seus efeitos ao se ligarem a esses receptores.
- Enzimas: As enzimas são responsáveis pela síntese e degradação dos endocanabinoides. As enzimas FAAH e MAGL desempenham um papel crucial na regulação dos níveis de endocanabinoides no sistema, garantindo que esses compostos sejam disponibilizados quando necessário e decompostos quando sua função for cumprida.
O Papel do SEC na Saúde e na Doença
O SEC é um mediador vital na manutenção da saúde e no desenvolvimento de doenças. Quando esse sistema está equilibrado, contribui para um estado de saúde. No entanto, deficiências ou hiperatividade do SEC têm sido associadas a uma variedade de condições patológicas, incluindo doenças crônicas, distúrbios neurológicos e condições autoimunes.
Interagindo com a Cannabis Medicinal
O que torna a Cannabis medicinal particularmente eficaz é sua interação com o SEC. Os canabinoides da planta da Cannabis, como o THC e o CBD, imitam os endocanabinoides produzidos pelo corpo, o que significa que eles podem se ligar aos receptores canabinoides e influenciar todas as funções que o SEC regula.
Por exemplo, o THC se liga aos receptores CB1 e tem um efeito psicoativo, mas também pode promover o alívio da dor, reduzir a inflamação e aumentar o apetite. O CBD, por outro lado, tem pouca afinidade pelos receptores CB1 e CB2, mas influencia a ação de outros receptores e enzimas, contribuindo para efeitos anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e ansiolíticos, entre outros.
Implicações Terapêuticas
A capacidade de influenciar o SEC é o que dá à Cannabis seu potencial terapêutico. Ao modular este sistema, a Cannabis medicinal pode ajudar a restaurar o equilíbrio em casos de doenças e distúrbios. Isso é particularmente relevante para condições relacionadas à dor, inflamação, estresse, e até mesmo doenças neurodegenerativas.
Ao incluir esta seção, os profissionais médicos ganham uma visão valiosa sobre como a Cannabis medicinal funciona em um nível molecular e celular, o que é crucial para informar práticas de prescrição e tratamento adequadas. Este conhecimento reforça a importância do SEC e como sua manipulação através da Cannabis medicinal pode oferecer múltiplas possibilidades terapêuticas.
Regulamentação Brasileira: RDC 660 e RDC 327 da Anvisa
No Brasil, a regulamentação da Cannabis medicinal é um tópico de intenso debate e evolução. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desempenha um papel crucial na formulação das regulamentações que governam o uso de Cannabis para fins terapêuticos.
A RDC 17 de 2015, implementada pela Anvisa, foi um marco regulatório que permitiu a prescrição por médicos e importação de produtos à base de Cannabis pelos pacientes com condições para as quais os tratamentos convencionais não são eficazes ou causam efeitos colaterais significativos. Esta RDC foi sendo atualizada ao longo do tempo, sendo a mais recente e vigente a RDC 660 de 2022, que também permite a prescrição por dentistas.
Adicionalmente, a RDC 327 de 2019 é outra regulamentação que estabelece os procedimentos para a concessão da Autorização Sanitária para a fabricação, prescrição e dispensação e comercialização via farmácias de produtos de Cannabis para fins medicinais. Nesta regulamentação somente médicos podem prescrever.
Acesso ao Tratamento via SUS
O sistema de saúde pública do Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde), é conhecido por fornecer assistência médica universal. No contexto da Cannabis medicinal, há um interesse crescente e debates sobre a inclusão de terapias à base de Cannabis no espectro de tratamentos oferecidos pelo SUS.
Embora atualmente o acesso à Cannabis medicinal através do SUS ainda seja um pouco limitado e sujeito a uma série de regulamentações e restrições, há movimentos contínuos na sociedade e entre os formuladores de políticas públicas para ampliar esse acesso. Isso inclui discussões sobre a produção doméstica de medicamentos à base de Cannabis para reduzir os custos e tornar esses tratamentos mais acessíveis aos pacientes do SUS.
Rumo a uma Nova Era na Medicina Moderna com a Cannabis
À medida que nos aprofundamos no século XXI, a medicina enfrenta desafios constantes e a necessidade de evolução. No centro dessa transformação, encontra-se a Cannabis medicinal, uma antiga aliada terapêutica que ressurge no arsenal médico.
Com sua capacidade única de interagir com o sistema endocanabinoide, a Cannabis oferece um caminho promissor para o alívio de inúmeras condições patológicas, muitas das quais continuam a desafiar os métodos terapêuticos tradicionais.
Para os médicos, a jornada para integrar a Cannabis medicinal na prática clínica começa com a curiosidade científica e a vontade de expandir os horizontes terapêuticos.
É mais do que uma questão de simplesmente prescrever uma nova categoria de medicamentos; trata-se de reconhecer e explorar o potencial inexplorado de um sistema biológico que ressoa com a química da Cannabis. Ao fazer isso, os médicos não apenas aliviam o sofrimento, mas também reacendem a esperança onde os tratamentos convencionais limitam-se.
A complexidade da Cannabis, com seus diversos canabinoides e mecanismos sinérgicos, é um convite à humildade e à aprendizagem contínua. Cada paciente, com sua biologia e sintomatologia únicas, pode responder de maneira diferente ao tratamento com Cannabis. Portanto, a personalização do tratamento, a monitorização cuidadosa e a adaptação das dosagens são competências essenciais a serem desenvolvidas na jornada para se tornar um prescritor eficaz de Cannabis medicinal.
Além disso, com as regulamentações em constante evolução, é imperativo que os médicos se mantenham atualizados com as leis e diretrizes mais recentes, garantindo que a prescrição e administração da Cannabis medicinal sejam realizadas de maneira ética e legal.
Em última análise, a adoção da Cannabis medicinal é uma advocacia pela humanização do cuidado médico. É um compromisso com a exploração de todas as vias possíveis para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Portanto, encorajamos os médicos a se engajarem nesta jornada enriquecedora, a buscarem conhecimento e a se posicionarem na vanguarda de uma das áreas mais inovadoras da medicina contemporânea. Ao fazer isso, não apenas expandimos nossa caixa de ferramentas terapêuticas, mas também reafirmamos nosso compromisso primordial de curar, aliviar e confortar na arte e ciência da prática médica.
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