Janeiro Branco: mês de conscientização da saúde mental e emocional

Janeiro Branco: Um olhar ampliado para a Saúde Mental e Emocional dos brasileiros.

À medida que entramos em 2024, o movimento Janeiro Branco ganha força, destacando a importância crucial do cuidado com a saúde mental. Esta campanha, iniciada no Brasil, ressalta a necessidade de conscientização e cuidado com a saúde mental e emocional. Em um mundo onde os transtornos mentais estão em ascensão, entender e apoiar iniciativas como o Janeiro Branco é mais relevante do que nunca.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em 2022 sua maior revisão mundial sobre saúde mental desde a virada do século. E os principais dados são alarmantes, confira:

 

  • Em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com um transtorno mental, destes 14% eram adolescentes;
  • O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade.
  • Os transtornos mentais são a principal causa de incapacidade, causando um em cada seis anos vividos com incapacidade.
  • Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis.
  • O abuso sexual infantil e o abuso por intimidação são importantes causas da depressão.
  • Desigualdades sociais e econômicas, emergências de saúde pública, guerra e crise climática estão entre as ameaças estruturais globais à saúde mental.
  •  A depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.

 

Este artigo visa esclarecer o que é saúde mental, explorar as principais doenças mentais, suas causas, incidências e características, além de oferecer orientações sobre como cuidar da saúde mental, tanto individualmente quanto no ambiente de trabalho. E porque o Janeiro Branco é um movimento crucial para a humanidade.

 

O que é o Janeiro Branco?

O Janeiro Branco é uma campanha brasileira que visa promover a saúde mental e combater o estigma associado às doenças mentais. Idealizado em 2014, pelo psicólogo, palestrante e escritor Leonardo Abrahão, este movimento utiliza o simbolismo do início do ano para incentivar a reflexão e a busca por um bem-estar mental e emocional.

Histórico e Evolução

Desde sua concepção em Uberlândia no estado de Minas Gerais, o Janeiro Branco tem crescido exponencialmente, alcançando um público global, engajando: profissionais de saúde, empresas, governo e a população em geral. A campanha enfatiza a importância de discutir e disseminar informações sobre saúde mental, encorajando as pessoas a prevenirem, estimular discussões sobre políticas públicas e a procurarem ajuda sempre que necessário.

No entanto, somente em 25 de abril de 2023, a campanha do Janeiro Branco virou lei (14.556/2023), sendo instituída e dedicada à promoção da saúde mental. Neste mês, segundo a lei serão realizadas campanhas nacionais de conscientização da população sobre a saúde mental, que abordarão a promoção de hábitos e ambientes saudáveis e a prevenção de doenças psiquiátricas, com enfoque especial à prevenção da dependência química e do suicídio.

Janeiro Branco 2024

Para este ano, o Janeiro Branco, sob o lema  “Saúde mental enquanto há tempo”, foca em ampliar seu alcance, visando maior conscientização sobre a saúde mental, a cultura do cuidado emocional, a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado das doenças mentais de forma a proporcionar informações e apoio a toda população brasileira.

 

Entendendo a Saúde Mental no mês do Janeiro Branco

A saúde mental é um aspecto crucial do bem-estar geral, mas muitas vezes é mal compreendida ou negligenciada.

 

O que é Saúde Mental? Definição e Importância

Saúde mental refere-se ao nosso estado emocional, psicológico e social. Ela afeta como pensamos, sentimos e agimos, influenciando nossa capacidade de lidar com o estresse, interagir com os outros e tomar decisões. Uma boa saúde mental não é apenas a ausência de transtornos mentais, mas também a capacidade de manter um equilíbrio de bem-estar emocional e psicológico, até porque, segundo estudos recentes 1 em cada 3 brasileiros já apresenta problemas de saúde mental.

 

Principais Doenças Mentais: Características, Transtornos Comuns e Incidências

  1. Depressão: Caracterizada por tristeza persistente, em alguns casos falta de apetite, falta de ânimo, pessimismo, baixa autoestima, alterações no sono e perda de interesse. A OMS estima que mais de 264 milhões de pessoas sofrem de depressão globalmente. No Brasil afeta em torno de 15,5% da população, ou seja, mais de 33 milhões de pessoas. Segundo estudos, ao longo da vida acometem em até 20% as mulheres e 12% os homens.
  2. Ansiedade: Inclui transtornos como ansiedade generalizada, síndrome do pânico e fobias, caracterizados por preocupação excessiva, tensão e medo irracional. Afeta cerca de 301 milhões de pessoas mundialmente e no Brasil afeta quase 19 milhões de pessoas, ou seja 9,3% da população, sendo considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina. Acomete mais as mulheres com 7,7% de incidência e nos homens, acomete 3,6%.
  3. Transtorno Bipolar: Causa mudanças extremas no humor, energia e capacidade de funcionamento. Aproximadamente 45 milhões de pessoas são afetadas globalmente sendo que no Brasil, a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB) estima a existência de aproximadamente 8 milhões de pessoas com a doença no país, sendo considerada uma doença crônica que representa uma das principais causas de incapacitação quando não tratada.
  4. Esquizofrenia: Afeta cerca de 21 milhões de pessoas e é caracterizada por distorções no pensamento, percepção e emoções. Afeta a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta, podendo levar a alucinações e delírios. No Brasil afeta 2 milhões de pacientes, prevalecendo mais homens que mulheres.
  5. Transtornos de Personalidade: Incluem vários tipos, como borderline e antissocial, que afetam significativamente a maneira como um indivíduo se relaciona com os outros e consigo mesmo. Cerca de 10% da população geral e até metade dos pacientes psiquiátricos em unidades hospitalares e ambulatoriais têm transtorno de personalidade.
  6. Transtornos Alimentares: Como anorexia e bulimia, que envolvem problemas graves relacionados à alimentação e à imagem corporal. Pacientes que tomam doses altas de sedativos costumam ter dificuldade em raciocinar, fala lenta (com alguma disartria), compreensão prejudicada, memória ruim, julgamento errôneo, tempo de atenção restrito e labilidade emocional.

 

Além destas, a campanha também aborda temas como o estresse, o burnout (esgotamento profissional), o luto, entre outros aspectos relacionados ao bem-estar mental e emocional.

 

Identificando as Doenças Mentais

Reconhecer os sinais de doenças mentais é o primeiro passo para buscar ajuda. Sintomas comuns incluem mudanças significativas no comportamento, pensamentos ou emoções, dificuldade em lidar com o estresse diário, alterações no sono ou apetite, e isolamento social. É importante notar que apenas um profissional de saúde pode diagnosticar um transtorno mental.

 

Como Cuidar da Saúde Mental no Janeiro Branco? Hábitos para uma Boa Saúde Mental

  1. Atividade Física Regular: Exercícios podem reduzir sintomas de depressão e ansiedade.
  2. Alimentação Equilibrada: Uma dieta saudável contribui para o bem-estar geral.
  3. Sono de Qualidade: O sono afeta diretamente a saúde mental.
  4. Práticas de Mindfulness: Técnicas como meditação e atenção plena ajudam a reduzir o estresse.
  5. Conexões Sociais: Manter relacionamentos saudáveis é fundamental para a saúde emocional, este fato inclui também formar uma base sólida de pessoas de proteção no qual sempre possa contar e se apoiar.

Promovendo a Saúde Mental no Ambiente de Trabalho

Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, funcionários saudáveis são 31% mais produtivos e engajados e contribuem de maneira efetiva com o bom resultado do negócio. Sendo a saúde mental um dos fatores de absenteísmo, recentemente o Ministério da Saúde do nosso país atualizou a lista de enfermidades relacionadas ao trabalho. No documento foram incluídas 165 novas patologias, dentre elas as principais que acometem a saúde mental: depressão, ansiedade, síndrome de Burnout, tentativa de suicídio, entre outras.

Criando um Ambiente Saudável

  1. Políticas de Saúde Mental: Implementar políticas que promovam o bem-estar mental, as conversas construtivas e saudáveis, além da gestão de pessoas de forma respeitosa.
  2. Flexibilidade e Equilíbrio Trabalho-Vida: Encorajar um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.
  3. Comunicação Aberta: Criar um ambiente onde os funcionários se sintam à vontade para falar sobre saúde mental e qualidade de vida.
  4. Programas de Apoio aos Funcionários: Oferecer recursos como aconselhamento ou workshops sobre saúde mental e a saúde corporal.

 

Janeiro Branco: prevenção da dependência química e do suicídio.

A lei do Janeiro Branco de 2023 – Lei 14.556/2023 – é bastante clara quanto ao enfoque especial à prevenção da dependência química e do suicídio. Porém, este é um assunto pouco divulgado, por diversos motivos, mas que precisa ser colocado em pauta de forma cuidadosa e responsável com o objetivo de auxiliar na prevenção, principalmente pelos alarmantes e crescentes números de incidência.

 

Lei Federal Janeiro Branco

Dependência Química

A dependência química é uma condição complexa e multifacetada, caracterizada por um desejo compulsivo de consumir substâncias apesar dos danos potenciais. No site do Ministério da Saúde consta a definição da OMS – Organização Mundial da Saúde, a dependência química é um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. A dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (como o fumo, o álcool ou a cocaína), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes.

Causas da Dependência

A dependência química a uma ou mais substâncias costuma estar associada a uma somatória de diferentes fatores de riscos e ainda por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais, psicológicos, comportamentais e biopsicossociais. Histórico familiar de dependência, exposição a ambientes onde o uso de substâncias é comum, traumas, estresse e transtornos mentais coexistentes são fatores de risco significativos.

Principais Substâncias que Podem Causar Dependência

  1. Álcool: Uma das substâncias mais comumente abusadas, o álcool pode levar a uma dependência severa.
  2. Tabaco: Contendo nicotina, uma substância altamente viciante, o tabaco é uma causa comum de dependência.
  3. Opioides: Incluem tanto drogas prescritas para dor (como morfina e oxicodona) quanto drogas ilícitas (como a heroína).
  4. Estimulantes: Como cocaína e metanfetaminas, são altamente viciantes e podem causar dependência rápida.
  5. Crack: A dependência ocorre em pouquíssimo tempo de uso. Sendo inalado e concomitantemente com o abuso de álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.
  6. Benzodiazepínicos: Usados para tratar ansiedade e insônia, podem causar dependência quando usados a longo prazo.
  7. Cannabis: Embora frequentemente considerada menos viciante, pode levar à dependência, especialmente em usuários frequentes do uso recreativo, no qual o teor de THC é bastante elevado. Já o uso de produtos medicinais, vendidos em farmácias e importados não chegam a viciar em função da baixa concentração de THC e pelo fato de serem produzidos com grau e controle farmacêutico de produção, especiais para tratamentos de saúde.

Medicamentos

Na complexa interseção entre tratamento e dependência, reside uma ironia inquietante no mundo da saúde mental: muitos dos medicamentos prescritos para tratar transtornos mentais são também aqueles com maior potencial de causar dependência devido aos perigos do uso prolongado e do risco de abuso dessas substâncias.

Vários medicamentos, especialmente aqueles prescritos para dor, ansiedade e distúrbios do sono, podem causar dependência se não forem usados conforme orientação médica. Aqui estão alguns dos medicamentos mais comuns que podem levar à dependência, juntamente com suas indicações principais:

  1. Antidepressivos (como Fluoxetina, Sertralina): Embora os antidepressivos não sejam tipicamente considerados viciantes no sentido tradicional, a interrupção abrupta de seu uso pode levar a sintomas de abstinência. Os sintomas de superdosagem incluem efeitos adversos mediados pela serotonina tais como: sonolência, distúrbios gastrintestinais (como náusea e vômito), taquicardia, tremor, agitação e tonturaComa foi reportado com menor frequência. Foram relatadas mortes envolvendo superdosagens com cloridrato de sertralina, principalmente em associação a outros fármacos e/ou álcool.
  2. Benzodiazepínicos (como Diazepam, Alprazolam, Lorazepam, Clonazepam): Usados no tratamento de ansiedade, insônia, transtornos convulsivos e às vezes para alívio de sintomas de abstinência de álcool. Esses medicamentos podem causar dependência, especialmente quando usados por longos períodos ou em doses elevadas. A característica principal da superdosagem de benzodiazepínicos é a sedação excessiva com sinais vitais não perceptíveis e amnésia anterógrada. Doses maiores podem causar coma e depressão respiratória. Incluindo ainda que a absorção de dose excessiva está usualmente associada com sedação, sonolência, fala arrastada, diplopia, disartria, ataxia e confusão mental.
  3. Opioides (como Morfina, Codeína, Oxicodona, Hidrocodona): São prescritos para aliviar a dor. Eles são eficazes no tratamento da dor aguda ou crônica, mas seu uso prolongado pode levar à dependência, ao abuso e a overdose. Estados Unidos vive uma crise do uso abusivo desta substância que tem matado mais de 200 pessoas por dia.
  4. Estimulantes (como Anfetaminas, Metilfenidato): Prescritos para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e narcolepsia. O uso indevido desses medicamentos pode levar à dependência. A maioria das pessoas que consome doses muito elevadas durante vários dias ou semanas se torna confusa e psicótica, porque as anfetaminas podem provocar ansiedade intensa, paranoia e alteração do sentido da realidade.
  5. Hipnóticos não benzodiazepínicos (como Zolpidem): Usados para tratar insônia de curto prazo. Embora tenham um perfil de segurança melhor do que os benzodiazepínicos, ainda existe o risco de dependência. Os sinais de superdosagem com hemitartarato de zolpidem são primeiramente caracterizados por depressão do sistema nervoso central, variando de sonolência ao coma. Em casos mais leves, pode-se observar também confusão mental e letargia. Os sintomas mais severos incluem: ataxia, hipotonia, hipotensão, depressão respiratória, raramente coma e, excepcionalmente óbito.
  6. Barbitúricos (como Fenobarbital, Secobarbital): Embora menos comuns hoje em dia devido ao seu alto risco de dependência e overdose, eles ainda são usados em alguns casos para tratar convulsões e como sedativos. Doses altas podem ter dificuldade em raciocinar, fala lenta (com alguma disartria), compreensão prejudicada, memória ruim, julgamento errôneo, tempo de atenção restrito e labilidade emocional, ainda podem causar diminuição do nível de consciência e depressão respiratória, o que pode exigir intubação e ventilação mecânica.

 

É importante ressaltar que, quando usados conforme prescrito e sob supervisão médica, esses medicamentos podem ser seguros e eficazes. No entanto, o uso indevido, a automedicação ou o uso prolongado além do recomendado podem aumentar significativamente o risco de dependência e até morte. Se você ou alguém que você conhece está lutando com a dependência de medicamentos, é crucial buscar ajuda médica.

 

O tratamento da dependência química é um processo contínuo que envolve não apenas a abstinência da substância, mas também a reabilitação psicológica e a reintegração social.

Combatendo a Dependência Química. Prevenção e Apoio

A prevenção da dependência química começa com a educação e a conscientização sobre os riscos do uso de substâncias. O apoio de familiares, amigos e grupos de apoio é crucial no processo de recuperação. Além disso, políticas públicas eficazes e o acesso a serviços de saúde mental de qualidade são fundamentais para prevenir e tratar a dependência química.

A dependência química é um desafio complexo, mas com tratamento adequado e apoio, a recuperação é possível. É essencial abordar não apenas os aspectos físicos da dependência, mas também os fatores psicológicos e sociais envolvidos, promovendo um caminho sustentável para a recuperação e a saúde de longo prazo.

Prevenção ao Suicídio

A prevenção ao suicídio é uma questão de saúde pública vital, que exige atenção, compreensão e ação. Envolve a identificação e o apoio a pessoas em risco, além da implementação de estratégias para reduzir a ocorrência e os impactos do suicídio na sociedade. Isso inclui ações de conscientização, educação, apoio emocional e intervenções clínicas.

A OMS estima que mais de 700.000 pessoas cometem suicídio anualmente em todo o mundo. No Brasil, em 2022 foram registrados mais de 15.000 casos, tornando-se uma questão de saúde pública significativa. Embora o suicídio possa afetar qualquer pessoa, certos grupos, como jovens, idosos e comunidades LGBTQIA+, apresentam taxas mais elevadas.

Em 2022, no boletim epidemiológico do ministério da saúde referente ao período de 2016 a 2021 verificou-se um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos e e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos.

Dados do Global Burden of Disease  de 2019 posicionam o suicídio como a terceira maior causa de mortes entre jovens de 15 a 19 anos no Brasil, com uma taxa
de 5 mortes por 100 mil, e a nona maior causa na faixa de 10 a 14 anos, com 0,9 mortes por 100 mil.

Os motivos para o suicídio são complexos e multifatoriais, incluindo questões psicológicas, sociais, culturais e ambientais. Problemas como isolamento social, experiências traumáticas, abuso de substâncias e situações de estresse intenso são fatores de risco conhecidos.

Doenças que Podem Levar ao Suicídio

Transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e ansiedade estão fortemente associados ao risco de suicídio. O tratamento eficaz dessas condições é um componente crucial na prevenção.

Como Combater o Suicídio? Estratégias Efetivas

  1. Educação e Conscientização: Promover a conscientização sobre saúde mental e os sinais de alerta do suicídio.
  2. Apoio Psicológico: Oferecer acesso a terapia e aconselhamento para pessoas em risco.
  3. Redução do Estigma: Encorajar uma cultura de apoio e compreensão em torno da saúde mental.
  4. Políticas Públicas: Implementar políticas que abordem as causas subjacentes do suicídio e promovam o bem-estar mental.

Como a Prevenção ao Suicídio é Realizada? Campanhas, Iniciativas e Onde Buscar Ajuda

  1. Setembro Amarelo: Uma campanha global que destaca a prevenção ao suicídio, promovendo a conscientização e a educação sobre o tema.
  2. Linhas de Apoio:
  • CVV (Centro de Valorização da Vida) no Brasil oferecem suporte emocional e prevenção ao suicídio, por meio de e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.
  • Canal Pode Falar (iniciativa do Unicef) oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, realizado através do WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.
  • SUS através dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) que são unidades voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. O atendimento é presencial, necessário acessar o site da prefeitura da cidade para identificar os endereços.
  • Mapa da Saúde Mental,  no site você vai encontrar serviços públicos de saúde mental disponíveis em todo território nacional, além de serviços de acolhimento e atendimento gratuitos ou voluntários realizados por ONGs, instituições filantrópicas, clínicas escola, entre outros.
  • Instituto Janeiro Branco, no site dentre um rol de informações ainda é disponibilizado formas de divulgação da campanha dentro das empresas, em shoppings, instituições de ensino, espaços religiosos e muito mais.

O canabidiol pode auxiliar no tratamento das doenças do Janeiro Branco?

O uso do Canabidiol (CBD) é uma das descobertas mais promissoras e significantes no campo da medicina, tem sido prescrito como uma alternativa terapêutica e ganhado destaque por seus benefícios significativos no tratamento de diversas doenças e relativo baixo efeito colateral, até porque, não há relato no mundo de morte por uso da Cannabis.

Nos Estados Unidos estima-se que mais de 3 milhões de pessoas utilizem a Cannabis para tratamento, e no Brasil, no final de 2023 quase meio milhão de pessoas faziam uso de produtos de Cannabis Medicinal para tratamento, segundo relatório da Kaya Mind.

 

Principais Doenças Tratadas com Canabidiol no Brasil

Permitido desde 2014 pelo CFM – Conselho Federal de Medicina e desde 2015 pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a lista de doenças prescritas para tratamento com Canabidiol está em constante expansão. Confira algumas:

  • Anorexia e caquexia em HIV/AIDS: Estimulação do apetite e aumento da massa corporal.
  • Ansiedade: Redução dos sintomas em transtornos de ansiedade generalizada ou social.
  • Depressão: Modulação do humor em casos clínicos de depressão.
  • Distúrbios do sono: Melhoria da qualidade do sono em condições como insônia e apneia do sono.
  • Doença de Alzheimer: Potencial para aliviar sintomas comportamentais e possivelmente retardar a progressão.
  • Doença de Huntington: Potencial neuroprotetor e alívio sintomático.
  • Doença de Parkinson: Alívio dos sintomas motores e não motores e potencial neuroprotetor.
  • Dor crônica: Condições variadas, incluindo neuropatia, artrite, fibromialgia e dor relacionada ao câncer.
  • Enxaqueca: Redução da frequência e intensidade das dores de cabeça.
  • Epilepsia: Especialmente formas resistentes a tratamentos, como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut.
  • Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): Potencial para aliviar espasticidade, dor, salivação, apetite e sono.
  • Espasticidade na Esclerose Múltipla (EM): Redução dos espasmos musculares e da dor.
  • Fibromialgia: Alívio da dor e melhoria do sono.
  • Glaucoma: Redução da pressão intraocular.
  • Inflamação: Incluindo condições como doença inflamatória intestinal,  doença de Crohn e colite ulcerativa.
  • Náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia: Alívio para pacientes com câncer submetidos a este tipo de tratamento.
  • Osteoporose: Potencial para promover a saúde óssea e reduzir o risco de fraturas.
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Potencial para aumentar a atenção e o foco, reduzir a impulsividade e a hiperatividade.
  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): Alívio de sintomas como flashbacks e ansiedade severa.
  • Transtorno do Espectro Autista (TEA): Alguns estudos sugerem melhorias na comunicação, comportamento repetitivo, níveis de ansiedade, agressividade, atenção e regulação do humor e do sono.

Efeitos da Cannabis e Contraindicações

Embora a Cannabis seja geralmente bem tolerada, alguns pacientes podem experimentar efeitos colaterais. Alguns efeitos colaterais que valem menção são:

  • boca seca;
  • alterações de humor;
  • sonolência;
  • menor apetite;
  • tontura;
  • diarreia.

É importante comunicar qualquer efeito adverso ao profissional de saúde prescritor que irá avaliar e ajustar a dose se necessário. Com relação às contraindicações, é importante atentar a: gestantes e lactantes, pessoas com doenças hepáticas, cardiovasculares, entre outras encontradas na literatura científica.

O que dizem as pesquisas sobre o uso da Cannabis Medicinal?

As pesquisas científicas sobre o uso medicinal da Cannabis não param de crescer, atualmente no PUBMED – base de dados pública de citações e resumos de artigos de pesquisas oferecido pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos – consta com mais de 33 mil pesquisas científicas realizadas somente com a Cannabis.

Muitas dessas pesquisas são realizadas por institutos, médicos, pesquisadores e laboratórios farmacêuticos apenas para confirmar as vantagens e os benefícios do tratamento canabinoide já evidenciado na prática clínica.

Porém, no dia 3 de janeiro de 2024, o BMJ – uma das mais influentes e conceituadas revista acadêmica/científica, com publicações sobre medicina no mundo, publicou uma pesquisa sobre o uso medicinal da Cannabis versus Opioides, citada como inovadora e de proporções épicas. Entenda o porquê:

  • Os pesquisadores tinham como objetivo avaliar o potencial analgésico do uso medicinal da cannabis versus os opioides para dor crônica que afeta 20% das pessoas em todo o mundo e é geralmente tratada com opioides;
  • O estudo foi a primeira meta-análise em rede a explorar a eficácia comparativa da cannabis medicinal e dos opioides para a dor crônica não oncológica;
  • A investigação, analisou 90 ensaios clínicos randomizados que envolveu 22.028 pessoas;
  • O estudo focou principalmente nas formas orais e medicinais e não nas formas inaladas de cannabis (fumo);
  • Os participantes da pesquisa que fizeram uso da cannabis tiveram significativamente menos probabilidade de abandonar o tratamento devido aos efeitos adversos em comparação aos opioides.
  • Conclusão: nesta pesquisa ficou demonstrada que a cannabis é igualmente eficaz como os opioides e os analgésicos tradicionais para o tratamento da dor não oncológica, só que com muito menos riscos. Porque, a cannabis não causa depressão respiratória que pode resultar do consumo de opiáceos e levar a uma overdose não fatal ou fatal.

Nos Estados Unidos, de acordo  com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, mais de 75% das quase 107.000 mortes por overdose de drogas em 2021 envolveram um opioide.

 

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Este artigo é apenas informativo com base em dados estatísticos e evidências científicas, não substitui o aconselhamento médico profissional. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para discutir suas opções de tratamento.

 

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Referências Bibliográficas:

 

 

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